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A igreja de San Martín de Castañeda, um exemplo de aplicação das novas tecnologias ao Património

A igreja de San Martín de Castañeda, um exemplo de aplicação das novas tecnologias ao Património

15/11/2013
Assim o puderam comprovar o Diretor Geral do Património Cultural da Junta de Castilla y León e o Diretor Geral da Fundação Iberdrola, durante o evento de inauguração das atuações.

Esta manhã o Diretor Geral do património Cultural da Junta de Castilla y León, Enrique Saiz, e o Diretor da Fundação Iberdrola, Rafael Landín, foram recebidos com uma projeção sobre os muros da igreja de San Martín de Castañeda. O audiovisual foi realizado pela Fundación Santa María la Real e serve para explicar que os trabalhos de intervenção ainda não foram concluídos, uma vez que a monitorização desempenha um papel fundamental para garantir uma correta manutenção do edifício religioso. Esta atuação foi realizada no âmbito do Plano de Intervenção Românico Atlãntico, no qual estão implicadas as três instituições - a Junta de Castilla y León, a Fundação Iberdrola e a Fundación Santa María la Real - bem como a Secretaria de Estado da Cultura de Portugal e as Dioceses de Zamora, Astorga, Salamanca e Ciudad Rodrigo.
A projeção é somente uma pequena parte do novo conceito de intervenção do património, pelo qual aposta o Plano Românico Atlântico, e vai muito mais além da simples restauração, já que facilita uma gestão integral e mais eficiente dos edifícios nos quais se trabalha.


Deste modo, foram levadas a cabo diferentes atuações, procurando sempre a implicação tanto do pároco, como dos moradores da região. Numa primeira fase da intervenção foram efetuados a limpeza, a reparação e o melhoramento dos telhados, nos quais se instalou um sistema de ventilação destinado a corrigir o problema de humidade que o edifício tinha.


A segunda fase da intervenção esteve centrada em três aspetos: a arquitetura, a restauração dos bens móveis e a iluminação. Um dos trabalhos mais importantes desta etapa foi, sem dúvida, acondicionar a sacristia para que se tornasse num espaço apto para o culto. Para conseguir a transformação, desenhou-se o mobiliário litúrgico da nova capela e também se introduziram no espaço bancos com aquecimento, para evitar o frio, e um sistema de abertura automática das janelas, que permite garantir a manutenção através de condições higrotérmicas adequadas. Tudo isto foi completado com o melhoramento da iluminação, que serviu não só para facilitar o culto na sacristia, como também para potenciar o atrativo turístico do edifício, já que foram realçados elementos como as pinturas murais de um dos absidíolos.

Monitorização a tempo real



Contudo, e sem a menor dúvida, um dos aspetos mais inovadores e importantes do projeto foi a instalação do Sistema de Monitorização do Património (MHS), desenvolvido pela Fundación Santa María la Real, já instalado noutros edifícios dentro do Plano Românico Atlântico.
Neste caso concreto, tal como explicava o diretor desta entidade de Aguilar de Campoo, Juan Carlos Prieto, a monitorização de parâmetros ambientais (temperatura e humidade) e estruturais (fissuras), começou inclusivamente antes de serem iniciados os trabalhos de restauração, com a instalação de diferentes dispositivos e sensores. Os dados obtidos serviram inicialmente para conceber o projeto com melhor critério e servirão, no futuro, para garantir tanto uma melhor manutenção como também a conservação do edifício. Para os trabalhos de monitorização, que foram concluídos com a instalação de uma estação meteorológica, contou-se com o apoio de técnicos da Universidade Politécnica de Madrid.

Românico Atlântico



Para terminar, convém lembrar que a atuação se encontra dentro do âmbito do Plano Românico Atlântico, um projeto de colaboração transfronteiriça para a conservação do património, no qual intervêm a Junta de Castilla y León, a Fundação Iberdrola, a Secretaria de Estado da Cultura de Portugal e a Fundación Santa María da Real, além das Dioceses de Zamora, Astorga, Salamanca e Ciudad Rodrigo.

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